domingo, 28 de julho de 2013

Eliphas Levi



Alphonse Louis Constant (Eliphas Levi), considerado o maior ocultista do seculo 19, nasceu em 8 de fevereiro de 1810, filho de pai sapateiro e foi introduzido ainda cedo no ensino religioso, estudou na comunidade do presbiterio da Igreja de de Saint-Louis em Lille, onde aprendeu o catecismo com o seu primeiro mestre, o abade Hubault.
Devido a sua inteligencia foi encaminhado por Hubault ao seminário de Saint-Nicolas Du Chardonnet, para concluir seus estudos preparatórios.
No seminário, teve a oportunidade de aprofundar-se nos estudos da filologia, e quando completara seus dezoito anos já era apto para ler a Bíblia no seu contexto original.
Estudou filosofia no seminario de Issy e depois ingressou em Saint-Sulpice para estudar teologia, aonde escreveu seus primeiros poemas religiosos e dramas biblicos.
Foi ordenado diácono em 19 de dezembro de 1835, porem nao chegaria a se tornar um sacerdote devido a sua conficao de amor por uma mulher, Adelle Allenbach, abandonou neste momento sua carreira eclesiastica.
Este ponto representou uma cisão entre Eliphas e a religião a ponto dele ser preso por conta de uma publicacao denominada "Bíblia da liberdade" por oito meses, incluindo 300 francos de multa, porem esta prisão teve sua função pois enquanto esteve preso, teve contato com os estudos de Swedenborg, que serviu de forte influencia, lhe apresentando os grandes magos e alquimistas da Idade Média das quais podemos destacar Guillaume Postel, Raymond Lulle e Henry Corneille Agrippa.
Baphomet
Adota então o nome de ELIPHAS LEVI, para aumentar a denotacao judaica de seus conhecimentos.
Deixando a prisão, realizou pequenos trabalhos, principalmente pinturas de quadros, murais nas igrejas da região e colaborações jornalísticas, sem nunca deixar de continuar posquisando e estudando o ocultismo.
Em 1845, com trinta e cinco anos de idade, escreveu sua primeira obra ocultista:
O livro das Lágrimas e em 1854, lança aquele que seria sua principal obra e fonte de referencia: Dogma e Ritual da Alta Magia.
Falece em 31 de Maio de 1875.

Principais Obras:

  • Dogma e Ritual da Alta Magia
  • História da Magia
  • A Chave dos Grandes Mistérios
  • A Ciência dos Espíritos
  • As Origens da Cabala
  • Os Mistérios da Cabala
  • Curso de Filosofia Oculta
  • Fábulas e Símbolos
  • O Livro dos Sábios
  • O Grande Arcano
  • Os paradoxos da Sabedoria Oculta
  • O livro das Lágrimas ou Cristo Consolador

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Hermes Trismegisto





Quod enmim est erit semper ( Pois o que é, sempre será ).
Hermes Trismegisto


Hermes Trismegisto (Hermes tres vezes grande), fundador da doutrina hermética e pai da alquimia, chamado por Roger Bacon de "pai dos filosofos", a origem desta figura mitica esta envolta em misterio e duvidas, assim como sua verdadeira identidade, sobre se seria uma ou mais pessoa, ou mesmo se Hermes seria um homem ou uma divindade.

De seu famoso livro “Caibalion”, este uma definição de Hermes:

"Entre os Grandes Mestres do antigo Egito, existiu um que eles proclamavam como o Mestre dos Mestres. Este homem, se é que foi verdadeiramente um homem, viveu no Egito na mais remota antiguidade. Ele foi conhecido sob o nome de Hermes Trismegisto. Foi o pai da Ciência Oculta, o fundador da Astrologia, o descobridor da Alquimia. Os detalhes da sua vida se perderam devido ao imenso espaço de tempo, que é de milhares de anos, e apesar de muitos países antigos disputarem entre si a honra de ter sido a sua pátria. A data da sua existência no Egito, na sua última encarnação neste planeta, não é conhecida agora mas foi fixada nos primeiros tempos das mais remotas dinastias do Egito, muito antes do tempo de Moisés. As melhores autoridades consideram-no como contemporâneo de Abraão, e algumas tradições judaicas dizem claramente que Abraão adquiriu uma parte do seu conhecimento místico do próprio Hermes. Depois de ter passado muitos anos da sua partida deste plano de existência os egípcios deificaram Hermes e fizeram dele um dos seus deuses sob o nome de Thoth. Anos depois os povos da Antiga Grécia também o deificaram com o nome de Hermes, o Deus da Sabedoria. Os egípcios reverenciaram por muitos séculos a sua memória, denominando-o o mensageiro dos Deuses, e ajuntando-lhe como distintivo o seu antigo título Trismegisto, que significa o três vezes grande, o grande entre os grandes.

Nos primeiros tempos existiu uma compilação de certas Doutrinas básicas do Hermetismo, transmitida de mestre a discípulo, a qual era conhecida sob o nome de Caibalion, cuja significação exata se perdeu durante vários séculos. Este ensinamento é, contudo, conhecido por vários homens a quem foi transmitido dos lábios aos ouvidos, desde muitos séculos. Estes preceitos nunca foram escritos ou impressos até chegarem ao nosso conhecimento. Eram simplesmente uma coleção de máximas, preceitos e axiomas, não inteligíveis aos profanos, mas que eram prontamente entendidos pelos estudantes; e além disso, eram depois explicados e ampliados pelos Iniciados hermetistas aos seus Neófitos."

Hermes é tido como o autor de um compenio de textos sagrados, ditos "herméticos", contendo ensinamentos sobre artes, ciências e religião e filosofia: O Corpus Hermeticum – que foi o conjunto de suas obras, cujo propósito seria a deificação da humanidade através do conhecimento de Deus. (É pouco provável que todos esses livros tenham sido escritos por uma única pessoa, mas representam o saber acumulado pelos egípcios ao longo do tempo).
Ele foi objeto de estudos por muitos autores durante a Idade Média, como Tomás de Aquino e Alberto o Grande, entre outros, apesar da proibição da prática da magia pela Igreja medieval. Depois da tradução feita por Marsilo Ficino em 1463, a obra teve grande repercussão na Europa e incontáveis edições que atestam o profundo interesse e entusiasmo despertado por Hermes na Renascença.
O interesse dos autores cristãos por Hermes Trismegisto deve-se em grande parte às referências e comentários de Lactâncio e Clemente de Alexandria, que o consideraram o primeiro autor de Teologia, fonte e origem de uma tradição de sabedoria anterior a Orfeu, Platão e Pitágoras, e antecipador do cristianismo.
Outra caracteristica da possibilidade de “varios autores”, esta no fato, dos escritos do Corpus Hermeticus poderem ser classificados como pertencentes a dois tipos de gnose aparentemente contraditorias, uma do tipo pessimista(dualista) e outra otimista(universalista).
A gnose pessimista, vê o mundo material impregnado pela influência fatal das estrelas e mau por si mesmo, enquanto que o gnóstico otimista, o divino impregna toda a matéria.

Hermes, o profeta

Em seus livros, Hermes não se mostrava apenas como filósofo, mas também como profeta falando do futuro. Atribuiu-se a ele a previsão do fim da religião antiga, o nascimento de uma nova fé e o advento de Cristo. Santo Agostinho creditou essas previsões às estrelas ou à revelação dos demônios. Já Lactâncio o situou entre as sibilas e os verdadeiros profetas.

Principios Hermeticos

O culto religioso ensinado por Hermes envolve a prática da magia astral, capaz de animar as estátuas dos templos através do conhecimento das propriedades ocultas das substâncias, arranjadas “conforme os princípios da magia da simpatia e por introdução no interior das estátuas, mediante invocação, da vida dos deuses celestiais”.
Segundo a doutrina hermética, “eflúvios de infuências” jorram das estrelas para a Terra, e podem ser canalizados por um operador que domine o conhecimento oculto. Essa “magia astral” associa aos planetas uma complicada pseudociência de simpatias ocultas e feitura de imagens.
Os doze signos do zodíaco possuíam suas plantas, animais e imagens correspondentes, o mesmo acontecendo com todas as constelações e estrelas do céu. Neste sistema infinitamente complexo de relações, tudo se tornava Um.
Ao mago caberia pois entrar neste sistema e fazer uso dele, “usando corretamente as simpatias ocultas nas coisas terrestres, as imagens celestiais, as invocações e nomes”. Assim, cada decano tinha a sua imagem própria, bem como vários aspectos, e presidiam as formas de vida nascidas nos períodos governados por eles. Considerados como poderosas forças divinas ou demoníacas situadas acima do círculo do zodíaco e dos planetas, atuavam na Terra através dos demônios, ou ainda dos planetas.
A sua famosa lei, segundo a qual “o que está em cima é igual ao que está em baixo”, tornou-se um dos chavões prediletos dos astrólogos e dos praticantes das “ciências ocultas”. Atribui-se também a ele a classificação astrológica dos sete tipos humanos, correspondentes aos sete planetas (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno), presentes nos manuais clássicos de astrologia, e também a divisão do zodíaco em 12 signos.

Bibliografia básica

Na realidade sua bibligráfia se resume no rico e profundo "Corpus Hermeticum", um compenio de sua obra e dentro destas poderiamos destacar o "Caibalion" e a "tabua esmeralda".

sábado, 20 de julho de 2013

O que e um grimorio?



Grimório vem do francês antigo 'gramaire', da mesma raiz que a palavra gramática.
Um grimório é um livro de magia pessoal, com praticas e teorias (em alguns meios magicos tambem chamado de livro das sombras),  escrito entre o final da Idade Média e o século XVIII. Muitas vezes codificado (vide o  manuscrito Voynich).

Alguns grimorios famosos:
  • A tabua esmeralda (Hermes Trimegistus)
  • Tratado elementar de ciencias ocultas (Papus)
  • Dogma e ritual de alta magia (Eliphas Levi)
  • A Filosofia oculta (Cornelius Agrippa)
  • A botanica oculta (Paracelso)